Implante ocular representa um novo marco para pacientes com degeneração macular avançada
25 de out. de 2025

A medicina ocular vive um momento de transformações. Entre os avanços mais promissores está o implante PRIMA, uma tecnologia desenvolvida para restaurar a visão central em pacientes com degeneração macular avançada, uma condição que afeta a retina e compromete severamente a visão.
Essa inovação representa um novo horizonte para pessoas que, até pouco tempo atrás, tinham opções limitadas de reabilitação visual.
O que é degeneração macular e como ela afeta a visão
A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma das principais causas de perda visual em idosos.
Ela ocorre quando a mácula, a região central da retina responsável pela visão detalhada e pela percepção de cores, sofre desgaste progressivo.
Na forma avançada, conhecida como atrofia geográfica, a visão central é comprometida, dificultando tarefas simples como ler, reconhecer rostos e dirigir, por exemplo.
É uma das principais causas de perda visual irreversível do mundo, afetando cerca de cinco milhões de pessoas. Atualmente não existem terapias para restaurar a visão nesses casos.
Como o implante PRIMA funciona
Desenvolvido pela empresa californiana Science Corporation, o PRIMA System é um implante sub-retiniano sem fio, que atua como um substituto artificial para as células da retina danificadas.
O sistema é composto por um microchip com 378 eletrodos com apenas 2 milímetros de diâmetro e espessura inferior a um fio de cabelo humano, capaz de converter estímulos de luz em sinais elétricos.
O implante é inserido sob a retina, onde substitui as células fotossensíveis danificadas pela doença, aproveitando as conexões neurais ainda ativas no olho para transmitir os sinais visuais ao cérebro.
Esses sinais são processados pelo nervo óptico e permitem que o paciente volte a perceber formas, letras e objetos. A tecnologia é usada em conjunto com óculos equipados com uma microcâmera, que capturam imagens e as projetam como luz infravermelha sobre o implante, estimulando artificialmente os neurônios da retina.
Uma curiosidade interessante é que esse microchip é fotovoltaico, ou seja, capta a luz e gera sua própria energia, como nos painéis solares.
Resultados do estudo
O estudo, publicado no New England Journal of Medicine, acompanhou um total de 38 pacientes com degeneração macular avançada.
Entre os 32 pacientes que completaram 12 meses de acompanhamento, o Sistema Prima levou uma melhora clinicamente significativa na acuidade visual.
Segundo os pesquisadores, o objetivo é que essa tecnologia possa, no futuro, restaurar uma visão funcional, capaz de oferecer mais independência e qualidade de vida.
Um avanço que une tecnologia e esperança
Ainda em fase de pesquisa e sem previsão de comercialização, o PRIMA System simboliza um dos avanços mais inspiradores da oftalmologia moderna: a combinação entre inovação tecnológica e compromisso com a visão humana.
Nosso olhar sobre o futuro
Acompanhamos com entusiasmo cada novo avanço da medicina que possa ampliar as possibilidades de cuidado visual, especialmente as que buscam preservar a autonomia, conforto e a qualidade de vida.
Se você tem histórico de degeneração macular na família ou percebeu mudanças na visão central, como dificuldade para ler, enxergar detalhes ou perceber distorções visuais, procure um oftalmologista.
Na R&D Oftalmologia, nossas especialistas utilizam tecnologia de ponta para oferecer diagnósticos precisos, acompanhamento próximo e cuidado humano em cada etapa. Entre em contato para saber mais.